sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Um Raro

Ele também podia ter sido um cara comum,
um rabi a mais.
Mas, pra isso, teria que se conformar
a ouvir o coração pulando no peito sem nenhuma razão.
Isso não!
Ele era um ser humano de verdade!

Vou-me embora

Vou-me embora para o mundo das ideias
Lá, sou um anjo de luz
Terei os amigos que precisar
Para as batalhas que escolherei...

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

O que sou

O que sou

Filha de pai e mãe mineiros, nascida em Sampa, por conta do engodo do êxodo rural da década de 70. Herdei a cor branca de minha vó paterna Maria, de origem portuguesa; cabelos mistos da mistura de bisavó índia, de extinta tribo, avôs negros, de origem africana e meu saudoso bisavô materno Carlinhos, português de trás-dos-montes; corpo esguio e longo do meu avô materno Valter.
Trago em mim a força da luta dos meus negros avôs, a grande capacidade de adaptação do meu bisavô materno português, o misticismo da minha bisavó índia, o pensamento vivo e sagaz de todas as mulheres da minha estirpe.
Por muito ler poesia, tornei-me um ser sonhador...
Nasci sob o céu de Peixes e sou a própria identidade zodiacal do signo.
Meu nome árabe é consonante ao meu mito, Joshua. Inspirada por ele sinto fome e sede de justiça! Tenho a marra árabe e força de ânimo para viver ou morrer pelas minhas causas, 'pero que perder la ternura, jamas!' (Che)
Ainda no meu nome é possível encontrar a harmonia e equilíbrio de vogais e consoantes em números iguais, com duas delas se repetindo e sendo, ainda, similares em escrita, num nome completo, sintético e complementar.
Essa sou eu, Leila Sodré!

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Arritmia


Minha cabeça pensa coisas
que minha mente imagina
traço planos, faço esboços
mas ninguém em mim acredita.

Minha alma fala coisas
ao meu coração arritmético
que, por causa da inconstância,
vive sempre desritmado.

Eu juro que é tudo verdade!
E as provas que tenho são:
eu vi, eu senti!

Leila Sodré novembro/2008

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

220V

Os seus olhos de pavor
me recomendam calma
no instante de volúpia.
E, se pareço um vulcão em erupção,
é porque você o suscita em mim.
Posso segurar suas mãos
e levá-las ao meu peito
para que saiba como me sinto
no exato momento que te tenho.
Você traz desejos ardentes a um corpo entendiado,
calor a um coração gélido,
inspiração a uma mente fustigada...
Seu olhar tocou minha alma com seu brilho
e fê-la dançar um ritmo alucinado.
E, se, quanto mais te tenho, mais te quero
eu não respondo por nenhuma culpa
pois, serva de minha emoção,
apenas executo ordens dadas pelo meu coração!

"Sou é sem jeito, esbarro no mundo
o meu mal feito é querer acertar." (Flávio Venturini)